terça-feira, 29 de novembro de 2016

E lá se foi o controverso Fidel Castro

Foto para ilustração de artigo, postada por MD.

Publicado originalmente pelo Portal Infonet, em 28/11/2016.  

E lá se foi o controverso Fidel Castro.
Por Ivan Valença/Infonet.

Um dos nomes mais importantes da política internacional no século XX, Fidel Castro deixou o mundo dos vivos n madrugada de sexta-feira aos 90 anos de idade. Foi o próprio irmão, Raul Castro, seu sucessor na presidência de Cuba – cargo que Fidel ocupou por 49 anos – quem fez o comunicado à Nação e ao Mundo da morte de Fidel, mas sem revelar a causa mortis. É bem verdade que Fidel já vinha doente nos últimos 15 anos, mas tantas vezes anunciou-se a sua morte que ele próprio brincava: “Ninguém vai creditar quando de fato eu morrer”. Não foi bem assim, o mundo recebeu a notícia com natural incredulidade. Fidel desafiou o mundo ocidental ao estabelecer uma ditadura comunista na pequena ilha, cuja distância do território americano não passava de 150km (Miami seria a cidade mais próxima). Verdadeiro ídolo para as esquerdas de todo o mundo, Fidel era adorado e odiado com a mesma intensidade – tanto que, ao anuncio de sua morte, os exilados cubanos nos Estados Unidos festejaram. No mundo inteiro, a repercussão da morte foi como se esperava: havia aqueles que davam declarações ressaltando a passagem pela presidência de Cuba, outros relembrando violências praticadas pelo seu governo, como o fuzilamento daqueles que se mostravam contra sua presença à frente do governo cubano. Um governo controverso: Fidel “fechou” o pequeno País a tal ponto que ainda hoje não há carros de modelos recentes pelas ruas cubanas. O comércio local se degringolou e até o turismo só foi retomado há poucos anos. De qualquer forma, não se pode esquecer que Fidel – homem de palavra fácil, capaz de ser orador de comícios por quase 6 horas – mudou a geografia política do mundo. Aliado ferrenho da União Soviética comunista, o seu país ruiu com o fim da URSS, mas Fidel recusou-se a se aproximar dos Estados Unidos. Cuba teve que se virar por conta própria. Ao Brasil, Fidel veio várias vezes, geralmente para posses de novos presidentes. O seu corpo seria cremado no domingo e a partir desta segunda-feira as suas cinzas percorreriam o país até chegar a Santiago de Cuba em cujo território nasceu há 90 anos atrás. O seu irmão, Raul Castro, deve continuar presidente de Cuba pelos próximos dois anos. A sucessão dos Castros no comando de Cuba promete ser emocionante. Quem será o homem indicado para levar Cuba a um porto seguro pelos anos afora?

Texto reproduzido do site: infonet.com.br/blogs/ivanvalenca

Nenhum comentário:

Postar um comentário