Foto para ilustração de artigo, postada por MD.
Publicado originalmente pelo Portal Infonet, em 28/11/2016.
E lá se foi o controverso Fidel Castro.
Por Ivan Valença/Infonet.
Um dos nomes mais importantes da política internacional no
século XX, Fidel Castro deixou o mundo dos vivos n madrugada de sexta-feira aos
90 anos de idade. Foi o próprio irmão, Raul Castro, seu sucessor na presidência
de Cuba – cargo que Fidel ocupou por 49 anos – quem fez o comunicado à Nação e
ao Mundo da morte de Fidel, mas sem revelar a causa mortis. É bem verdade que
Fidel já vinha doente nos últimos 15 anos, mas tantas vezes anunciou-se a sua
morte que ele próprio brincava: “Ninguém vai creditar quando de fato eu
morrer”. Não foi bem assim, o mundo recebeu a notícia com natural
incredulidade. Fidel desafiou o mundo ocidental ao estabelecer uma ditadura
comunista na pequena ilha, cuja distância do território americano não passava
de 150km (Miami seria a cidade mais próxima). Verdadeiro ídolo para as
esquerdas de todo o mundo, Fidel era adorado e odiado com a mesma intensidade –
tanto que, ao anuncio de sua morte, os exilados cubanos nos Estados Unidos
festejaram. No mundo inteiro, a repercussão da morte foi como se esperava:
havia aqueles que davam declarações ressaltando a passagem pela presidência de
Cuba, outros relembrando violências praticadas pelo seu governo, como o
fuzilamento daqueles que se mostravam contra sua presença à frente do governo
cubano. Um governo controverso: Fidel “fechou” o pequeno País a tal ponto que
ainda hoje não há carros de modelos recentes pelas ruas cubanas. O comércio
local se degringolou e até o turismo só foi retomado há poucos anos. De
qualquer forma, não se pode esquecer que Fidel – homem de palavra fácil, capaz
de ser orador de comícios por quase 6 horas – mudou a geografia política do
mundo. Aliado ferrenho da União Soviética comunista, o seu país ruiu com o fim
da URSS, mas Fidel recusou-se a se aproximar dos Estados Unidos. Cuba teve que
se virar por conta própria. Ao Brasil, Fidel veio várias vezes, geralmente para
posses de novos presidentes. O seu corpo seria cremado no domingo e a partir
desta segunda-feira as suas cinzas percorreriam o país até chegar a Santiago de
Cuba em cujo território nasceu há 90 anos atrás. O seu irmão, Raul Castro, deve
continuar presidente de Cuba pelos próximos dois anos. A sucessão dos Castros
no comando de Cuba promete ser emocionante. Quem será o homem indicado para
levar Cuba a um porto seguro pelos anos afora?
Texto reproduzido do site: infonet.com.br/blogs/ivanvalenca
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