Publicado originalmente no site G1, em 05/07/2016.
Ilustração da Sonda Rosetta se aproximando
do cometa
67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: Spacecraft:
ESA/ATG medialab; Comet image:
ESA/Rosetta/NavCam – CC BY-SA IGO 3.0).
Operação custou US$ 1,13 bilhão ao governo dos Estados
Unidos.
Sonda Juno decolou em agosto de 2011 da Terra e atingiu
objetivo.
Do G1, em São Paulo
Apos 5 anos de viagem, a sonda Juno entrou com sucesso na
órbita de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com transmissão ao vivo
pela internet, a equipe na Nasa comemorou a inserção na magnetosfera à 0h54
desta terça-feira (5).
A sonda se aproximou sobre o pólo-norte do planeta,
mostrando uma perspectiva inédita do sistema de Júpiter - incluindo as suas
quatro grandes luas. Um laboratório da Nasa localizado em Pasadena, na
Califórnia, administrou a missão Juno, chefiado pelo pesquisador Scott Bolton,
que também ajudou a levar uma sonda a Saturno.
Esta é a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da
cobertura densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana
que era esposa de Júpiter. As informações são da agência espacial americana.
Lançada em 5 de agosto de 2011, a sonda percorreu 716
milhões de quilômetros - quase 18 mil voltas na Terra - até o planeta e deve
voltar a solo, se nada der errado, em 20 de fevereiro de 2018. Juno tem 3,5
metros de altura e 3,5 metros de diâmetro e é movida a energia solar, com uma
velocidade que supera 265 mil km/h.
Todo o programa custou US$ 1,13 bilhão. A Juno foi a
primeira missão que levou uma nave movida a energia solar comandada a partir da
Terra, além de orbitar de pólo a pólo de um planeta. Nenhuma outra sonda
chegou, até agora, tão perto da superfície de Júpiter.
Funcionários da Nasa comemoram a manobra
da sonda Juno na
órbita de Júpiter (Foto: Reprodução/Nasa).
O campo magnético do planeta é 20 mil vezes mais forte que o
da Terra. Por isso, o grande perigo para visitar Júpiter com uma nave espacial.
Outra questão é o fato de que a Juno não foi projetada para operar dentro de
uma atmosfera e passará por um período de “queimação” enquanto estiver
orbitando.
Segundo a Nasa, o principal objetivo da missão é entender a
origem e a evolução do planeta. Conhecer o que há abaixo da densa cobertura de
nuvens. Com um conjunto de instrumentos, a sonda vai investigar a quantidade de
água e amoníaco na atmosfera profunda. Recentemente, já foi possível avistar a
aurora boreal do planeta.
Imagem ilustrativa de Juno perto de Júpiter (Foto: Nasa).
Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com/ciencia
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