Kobani, Síria. Não é ficção apocalíptica. É dantesca realidade.
Domingo, 31 de maio de 2015.
Kobani, Inferno pós Dante e pós Chernobyl.
Por Ricardo Soares.
Tá, eu sei. Você
pode dizer que esse não é assunto para se tratar em um domingo. Dia
mundialmente consagrado ao descanso, convívio familiar, assistir futebol, tomar
umas brejas, apertar os filhos , os pais velhos, os cachorros. Dia de descanso
se você não estiver dando plantão em algum hospital ou redação , dessas que
ainda sobraram por aí.
Tá, eu sei. O
assunto é indigesto. Mas é que foi hoje que eu me deparei com ele e não vi
reverberar pela mídia planetária e fiquei perplexo. Estou falando do que aconteceu
e acontece na cidade síria de Kobani onde o nefasto Estado Islâmico após
"se evadir"do local deixou uma dantesca plantação de cadáveres que
tem explosivos amarrados ao corpo. Ou seja : trouxeram a morte, deixaram a
morte, deixam a morte para trás.Morre pois quem tentar sepultar os mortos. Nem
Dante para imaginar inferno tão infernal. Isso é pós Chernobyl, pós napalm, pós
nazismo, pós civilização. Isso é horror em estado bruto, cenário tão terrível
de imaginar que sequer o gótico Lovecraft conceberia eu suponho. Nem mesmo
Stephen King ou Clive Barker. O relato dos horrores está na reportagem que você
pode ler inteirinha nesse link (CLIQUE AQUI). Seu direito a pipoca com guaraná
no domingão é sagrado.
Recomento pois não ler agora caso não queira estragar esse vosso modesto
repasto.
Foto e imagem reproduzidos do blog: todoprosa.blogspot.com.br/
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