quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Rádio

No começo da década de 60, a importância do rádio era muito grande, pois a maioria das cidades ainda não possuíam emissoras de televisão. Tirando os cinemas e os jornais, o rádio era o único meio de informação e entretenimento. O hábito de ouvi-lo era passado de pai para filho. Quase todas as casas possuíam um, que na época eram de válvulas e muito grande, obrigando o ouvinte a ficar parado em sua frente. A música, a informação e a cultura atingiam todas as classes sociais. O radinho de pilha veio trazer a liberdade e mobilidade ao ouvinte, fazendo com que o acompanhasse por toda a casa, quando no banho, no fazer a barba ou outros afazeres. O rádio passou a ser o grande companheiro do camponês que ia para a roça levando o seu radinho de pilha e lá pendurava na cerca, enquanto arava a terra. Mesmo depois de toda a modernidade, o rádio continua sendo um dos principais meios de comunicação, que não prende, e sim liberta. Veja um exemplo: Quando do ataque terrorista as Torres Gêmeas, três gerações, em uma mesma família, tomaram conhecimento do fato trágico, por diferentes meios: o filho, em seu quarto, sentado a frente do computador, soube lendo pela internet; a mãe sentada na sala á frente da televisão, assistiu as imagens por ela divulgadas: e a avó, andando de um lado para o outro fazendo o almoço na cozinha, ouviu pelo rádio, com o locutor bem próximo ao local da tragédia. Isso mostra que o rádio além de ser imediatista, lhe deixa livre, enquanto a televisão e o computador/internet lhe obrigam a ficar preso em frente dos mesmos.
Armando Maynard

Um comentário:

  1. Em resposta ao telefonema do amigo Ludwig, atendido por minha esposa, é que lhe envio o seguinte e-mail:
    Caro Ludwig, pena ter perdido o seu comentário no blog, mas valeu a intenção. Quando tiver tempo, escreva outro e mande por e-mail que eu copio/colo e publico. Obrigado e um abraço, Armando.

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