domingo, 1 de maio de 2016

A arte esquecida da memória

Foto da capa do livro.

Publicado originalmente no site g1.globo.com, em 01/05/2016.

A arte esquecida da memória.
Por Helio Gurovitz

Ninguém vive hoje sem Google, Facebook, WhatsApp e uma série de muletas digitais para ajudar nosso cérebro a lidar com a avalanche de informações do mundo contemporâneo. É inegável que ganhamos muito com a tecnologia. Mas sabemos o que perdemos? Em seu livro A arte e a ciência de memorizar tudo, tema de minha coluna desta semana na revista Época, o jornalista americano Joshua Foer ensaia uma resposta.

Em 2005, ele foi enviado para cobrir um campeonato americano em que os competidores eram obrigados a memorizar nomes, rostos, sequências de números, palavras aleatórias, poemas e cartas de baralho. Lá descobriu que os campeões não eram prodígios dotados de extrema capacidade intelectual, mas gente aparentemente normal, que se dedicava a uma esquecida arte milenar, conhecida como “palácio da memória”.

Foer se encantou pelo assunto, passou a dedicar-se às técnicas de memorização e, um ano depois, tornou-se, ele próprio, campeão americano. Em seu livro, ele afirma que, ao contrário da imagem de decoreba sem sentido, a memorização é uma atividade criativa, capaz de resgatar a concentração e a imaginação, numa era em que todos perdemos o foco. “Nossas memórias são quem nós somos”, escreve.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com

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