sexta-feira, 6 de março de 2015

Destruição da cidade histórica de Nimrud é "crime de guerra"


Destruição da cidade histórica de Nimrud é "crime de guerra"

Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, numa conferência de imprensa acerca das estátuas destruídas pelo Estado Islâmico, no passado dia 27 de fevereiro Fotografia © EPA/UNESCO
UNESCO pede a " todos os responsáveis políticos e religiosos que se levantem contra esta nova barbárie". A cidade contém "tesouros arqueológicos de valor incalculável".

A UNESCO denunciou hoje a destruição pelo movimento extremista Estado Islâmico (EI) da cidade histórica de Nimrud, joia arqueológica do norte do Iraque, que comparou a um "crime de guerra", tendo recorrido já à ONU.

"Não podemos continuar calados. A destruição deliberada do património cultural constitui um crime de guerra e apelo a todos os responsáveis políticos e religiosos para que se levantem contra esta nova barbárie", escreveu num comunicado a diretora-geral da Organização das Nações para a Educação, Ciência e Cultura, Irina Bokova.

A responsável indicou ter "recorrido ao presidente do conselho de segurança das Nações Unidas e à procuradora do Tribunal Penal Internacional sobre esta questão", e apelou "à comunidade internacional" para que "una esforços" para "travar esta catástrofe".

Para Bokova "a limpeza cultural em curso no Iraque não poupa nada nem ninguém: visa as vidas humanas, as minorias e faz-se acompanhar da destruição sistemática do património milenar da humanidade".

O ministério do Turismo iraquiano disse que o EI começou na quinta-feira a destruir as ruínas assírias de Nimrud, alguns dias após a difusão pelos 'jihadistas' de um vídeo que mostra a destruição de esculturas pré-islâmicas de valor inestimável no norte do Iraque.

Texto e foto reproduzidos do site: dn.pt/inicio/globo

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