Destruição da cidade histórica de Nimrud é "crime de
guerra"
Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, numa conferência de
imprensa acerca das estátuas destruídas pelo Estado Islâmico, no passado dia 27
de fevereiro Fotografia © EPA/UNESCO
UNESCO pede a " todos os responsáveis políticos e
religiosos que se levantem contra esta nova barbárie". A cidade contém
"tesouros arqueológicos de valor incalculável".
A UNESCO denunciou hoje a destruição pelo movimento
extremista Estado Islâmico (EI) da cidade histórica de Nimrud, joia
arqueológica do norte do Iraque, que comparou a um "crime de guerra",
tendo recorrido já à ONU.
"Não podemos continuar calados. A destruição deliberada
do património cultural constitui um crime de guerra e apelo a todos os
responsáveis políticos e religiosos para que se levantem contra esta nova
barbárie", escreveu num comunicado a diretora-geral da Organização das
Nações para a Educação, Ciência e Cultura, Irina Bokova.
A responsável indicou ter "recorrido ao presidente do
conselho de segurança das Nações Unidas e à procuradora do Tribunal Penal
Internacional sobre esta questão", e apelou "à comunidade internacional"
para que "una esforços" para "travar esta catástrofe".
Para Bokova "a limpeza cultural em curso no Iraque não
poupa nada nem ninguém: visa as vidas humanas, as minorias e faz-se acompanhar
da destruição sistemática do património milenar da humanidade".
O ministério do Turismo iraquiano disse que o EI começou na
quinta-feira a destruir as ruínas assírias de Nimrud, alguns dias após a
difusão pelos 'jihadistas' de um vídeo que mostra a destruição de esculturas
pré-islâmicas de valor inestimável no norte do Iraque.
Texto e foto reproduzidos do site: dn.pt/inicio/globo
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